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  • cecilialeitecosta

TRANSIÇÃO DOS MILLENNIALS PARA CENTENNIALS-NOVAS ASPIRAÇÕES DE VIDA

Atualizado: 21 de dez. de 2022

Esse Post dá continuidade ao anterior no que concerne às aspirações para vida adulta, momento em que os indivíduos e passam a ser guiados pela convicção de que devem encontrar direções próprias para suas vidas. Nesse contexto, criatividade e motivação passam ter papel de destaque nas escolhas profissionais. A criatividade faz com que as pessoas entrem em contato com seus interesses genuínos e a motivação os encoraja a perseguirem seus sonhos, bem como a desenvolver as necessárias habilidades para tanto. Essa mudança nos valores básicos referentes à busca de rumos para a vida também foi resultado do aumento da interconectividade na internet. Apesar de internet, naquele momento, ser ainda basicamente usada para leitura[1], na época em que os Millennials entravam na vida adulta, na interação pelo Games, os sites profissionais e de relacionamentos, assim como as nuvens, já haviam ido enorme influência nas mudanças dos valores, na percepção de si mesmas e nos julgamentos sobre a qualidade de vida delas. Como dissemos [2], essa geração experiencia a transição da aspiração por estabilidade para a busca por caminhos mais conectados a satisfação existencial. Questionamentos como: “Estou feliz nesse emprego?”, “É essa a vida com a qual eu sonhei?”, “Satisfação material é suficiente para me fazer feliz?”; se tornaram cada vez mais presentes nas decisões das pessoas quanto as vidas e mudanças de carreira, consequentemente, tendo impacto na vivência de ansiedade delas. Esse tópico será retomado a frente. De qualquer forma, a despeito de mudanças culturais e das motivações pessoais, a vida real também impõe limites à liberdade de escolhas das pessoas. Em primeiro lugar, as pessoas, em geral, precisam se manter e/ou manter suas famílias. A necessidade de ter um emprego contribui para o desenvolvimento de uma certa “força de ego”. Ou seja, contribui para o desenvolvimento das habilidades necessárias para dar conta da vida, lidar com dificuldades e fazer escolhas e lidar com as consequências das escolhas. Ademais, o trabalho não cumpre, apenas, a função de manutenção financeira pessoal e familiar. Ele é parte importante da identidade das pessoas, dá-lhes pertencimento social. O que talvez tenha mudado, culturalmente, é a assunção básica, de que o que alguém faz para se manter deve estar conectado a sua satisfação existencial. Não estamos dizendo que antes dos Millenials as pessoas não eram felizes nas suas profissões. Porém, a ideia de que o trabalho deva estar conectado a valores e aspirações de vida, independentemente da área de atuação profissional, muda. Acreditamos que isso esteja também associado ao fato das pessoas mudarem muito mais de carreira porque não se sentem felizes e a se sentirem socialmente amparadas ao agirem dessa forma. Naturalmente, tal mudança de contexto também está ligada a queda da estabilidade como valor essencial na concepção que as pessoas têm de felicidade.

Em resumo, felicidade e rumo da vida sempre estiverem entrelaçados. O que mudou dos Millennials para cá foi o sentimento básico de que estabilidade emocional é dada pela estabilidade social - familiar e profissional. E felicidade faz parte desse pacote. Nas relações, tanto afetivas quanto profissionais, os ciclos de rompimento e recomeço se tornam mais frequentes e são naturalizados, i.e, incorporados às expectativas sociais. Essa mudança de paradigma tem vantagens, desvantagens e, como em tudo na vida, tem consequências.

Continua no próximo Post [1] Estúdio-Folha. Único.Tecnologia. Entramos na era figital e onlife; saiba como isso afeta a sua vida.30 de maio de 2022.

[2] Para mais detalhes ver Post 6- Millennials -geraçãoY, In Ensaio 7- Influencias culturais na formação da identidade. In: www.ceciliapsicologa.org


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