SÉCULO XX- PSICANÁLISE E BABY BOOMERS

O século XX foi marcado por duas guerras e profundas transformações sociais decorrentes do processo de industrialização que, ao longo de três séculos, mudou de mãos o dinheiro, poder e status social. Aristocratas falidos deram vez especialmente a banqueiros e empresários (donos indústrias) que instituíram uma nova casta social (burguesa) mandatória da pauta de referências que passou a orientar valores, gostos e costumes[1]. Sem entrar em detalhes, o ápice dessa mudanças produziu um início de século (XX-final a Belle Époche) marcado por um boom na diversidade até o período entre guerras. Channel, Collete, Salomé, Virginia Wolf dentre outras, deram voz a novos estilos e a liberdade feminina. A Alemanha viveu um boom transexual no período que antecedeu à ascensão de Hittler. A adolescência, por sua vez, encontrava voz na medicina, arte e literatura e passava a ser “naturalmente associada” à rebeldia, transgressão e necessidade de liberdade[2]. Os jovens desse período são os pais da geração pós-guerras. Eles vêm de um época “cinza”, desesperançada e são conhecidos como a geração silenciosa. Seus filhos, contudo, a geração dos Baby-boomers[3], vivem uma atmosfera de euforia e esperança. Os “boomers” recebem esse nome por terem nascido em uma época de explosão demográfica. Havia muito crédito e eles representam uma geração que, em outra versão, vive a necessidade de expansão, liberdade sexual e igualdade civil (protestos contra a Guerra do Vietnã e revolução de costumes -crítica à repressão sexual: queima de sutiãs, bandeiras de amor livre). A geração X (dos 1965-80) vive, em parte, as consequências da euforia anterior. Já não há trabalho abundante e essa é a geração associada aos valores do individualismo: ambição e dependência do trabalho (daí vem o termo workaholic)[4]. Esse breve panorama visa uma rápida pincelada nas transformações sócio-culturais que são pano de fundo das novas condições e adoecimentos emocionais dos anos 80 em diante[5].

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20th CENTURY-

PSYCHOANALYSIS AND BABY BOOMERS

The 20th century is marked by two wars and deep social changes due to the industrialization process that had taken place in the last 4 centuries. It changes power from aristocrats/ to industrial bourgeoisie/, which constitutes a new “caste”, owner of a new model of social and individual aspirations: moral values, habits and tastes/[1]. Without getting into details, the new way of life reaches its heyday at the beginning of the 20th century/, lightened by a boom in diversity during the years between First and Second World Wars. Channel, Collete, Salomé, Virginia Wolf among others, give a voice to women’s need for freedom of speech and self-expression. Germany goes through a transsexual boom right before Hitler’s rise. Adolescence, in its turn, is voiced by medicine, art and literature and becomes naturally associated with transgression and need for freedom[2]. These young people are the post-war generation parents. They come from a dark and hopeless period and are known as “Silent generation”. Their children, the so-called, “baby-boomers[3]”, are born in an euphoric and hopeful time. They are given this name because of demographic explosion during that time. It is also a time of much credit /and boomers experience similar needs for sexual freedom and self-expression of 20th decade in another version -Vietnan War and moral/sexual revolution of the 1968: “brad’s burden”/freedom of love. The following generation (X- from 1965-80) faces the consequences of previous euphoria. There aren’t jobs as there were before. They have more individualistic values and are associated with ambitions and work addiction (the term workaholic[4] comes from this time). This brief overview aims at a quick glance to social-cultural changes that are the background of new subjectivities and mental health conditions from the 80s on[5].

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[1] Elias, N. Civilizing Process. [2] Savage, John. Youth… [3] As a group, baby boomers were wealthier, more active and more physically fit than any preceding generation and were the first to grow up genuinely expecting the world to improve with time.[3] They were also the generation that reached peak levels of income in the workplace and could, therefore, enjoy the benefits of abundant food, clothing, retirement programs, and even "midlife-crisis" products”. Free encyclopedia in Wikipedia.com [4] From generation baby-boomers to post-millennials- 50 years of change, in: www.iberdola.com [5] Even without having a consensual conclusion whether Freud was, himself, unsatisfied with his comprehension of neurotic symptoms in 30s (Inhibition, symptom and anxieties), it’s fair to say that psychoanalysis was the sovereign theory to understand and treat mental disorders, even in psychiatry, until pharmaceutic industry boom in 60s and 70s, when scientific mainstream thought slips from personality to syndromic understanding of clinical psychopathologies.

[1] Elias, Norbert. O processo civilizador. [2] Savage, John. 2007. Teenage: The Criation of the Youth. https://www.amazon.com/Teenage-Creation-Culture-Jon-Savage/dp/0670038377. 19Th April, 2007. [3] “As a group, baby boomers were wealthier, more active and more physically fit than any preceding generation and were the first to grow up genuinely expecting the world to improve with time.[3] They were also the generation that reached peak levels of income in the workplace and could, therefore, enjoy the benefits of abundant food, clothing, retirement programs, and even "midlife-crisis" products”. Free encyclopedia in Wikipedia. [4] “Da geração baby-boomers à pós-millenials-50 anos de mudança” in:www.iberdola.com. [5] Mesmo sem dispor de uma avaliação conclusiva sobre se o próprio Freud já buscava incrementar sua compreensão sintomatologia neurótica na década de 30 (Inibição, sintoma e angústia) é razoável assumir que a psicanálise foi soberana no entendimento do adoecimento psicológico, mesmo na psiquiatria, até o boom da indústria farmacêutica, nos 60, 70, onde o mainstream (científico) passa do estudo da personalidade para o estudo sindrômico para a compreensão clínica das psicopatologias.