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  • cecilialeitecosta

-SECULO XXI-MILLENIALS E CENTENIALS- REFORMULAÇÃO EGÓICA

Nos Posts anteriores dissemos que as mudanças sócio culturais dos últimos 50 anos implicaram em mudanças nos difusores de valores e, por conseguinte, nas referências que orientam as aspirações pessoais (projetos de vida). Dos Millennials para cá, conta-se com pais mais liberais e condescendentes, com muita informação e referências identitárias transitórias. A formação da Identidade infantil, período cujos modelos principais são os pais, se caracteriza pela inflação das referências e possibilidades criativas (vivências próprias) e a diminuição dos limites e valores ligados à constrição, esforço e disciplina. Esse processo teve consequências na formação do que chamamos de Egos sem contorno[1]. A criação menos rígida trouxe a vantagem do desenvolvimento de Egos menos reprimidos. Lembremos que o desafio do trabalho com a neurose está em identificar e trabalhar o preconceito internalizado, i.e´, trabalhar como a discriminação/ preconceito foram incorporados e se tornaram parte da própria pessoa. Uma parte dela que lhe é desconhecida. Dessa perspectiva, grosso modo, pode-se dizer que as novas gerações são menos neuróticas- nos moldes que Freud imaginou- visto que há menos conflitos internos decorrentes da impossibilidade de entrar em contato com os verdadeiros desejos. Por outro lado, a mitigação dos modelos internalizados na infância trazem uma flexibilidade estrutural que vem com o custo de maior angústia existencial.[2] Quando a “receita” já vinha pronta, a adaptação/adequação social (profissão e direção para a vida) aconteciam de forma mais fluida, menos conflituosa. O amadurecimento viria do confronto dos desejos em desacordo com as expectativas de performance social. Mas o amadurecimento não tinha, de forma geral, o custo do encontro de um rumo para a vida. Os Egos da década de 90 para cá, têm menos desejos reprimidos, mas têm inúmeras possibilidades e muito mais espaço para negociar com os pais. A geração de jovens adultos atual (Centennials), por um lado, é mais safa e se sente mais responsável por cuidar de seus interesses e vontades que os Millennials e, nesse sentido, têm maior auto-contenção. Por outro lado, Centennials se assemelham ao Millennials: potencialmente podem muitas coisas e têm muita dificuldade de saber o que realmente querem. Ambas as gerações são mais dependentes de amadurecer para encontrar um rumo para a vida. Continua no próximo Post

[1] Para maiores detalhes ver Dias em Post 7- O Pós Superego e a crise de autoridade, Post 8-O Ego sem contorno e Post 9- Limite versus Contorno- em Ensaio 7-Influências Culturais na formação da Identidade em: www.ceciliapsicologa.org [2] Para maiores detalhes ver Dias em Post 5-Angústia Existencial em Ensaio 5-Adolescência e angústias em:

www.ceciliapsicologa.org

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