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  • cecilialeitecosta

PUBERDADE- ANGÚSTIAS TÍPICAS DA FASE ESPECULAR

Atualizado: 13 de jan. de 2023

Dando continuidade ao Post anterior, a fase especular é o período do desenvolvimento em que, já de posse de certa intimidade com a erotização no próprio corpo, os pré-adolescentes começam a explorar a energia sexual em corpos semelhantes aos deles. A marca desse período é a intimidade vinda do compartilhamento das descobertas eróticas em corpos similares (do mesmo sexo). Por essa razão Dias, criador da teoria, a define como homossexual.[1]. Me referirei a esse estágio como fase especular em função do peso do termo homossexual em referência à orientação sexual homossexual. É um período de confidências, segredos e grande idealização. A personagem principal dessa fase é o(a) grande amig(o)a. Eles encarnam os traços do homem erotizado (no caso dos meninos) e da mulher erotizada (no caso das meninas) aos quais eles aspiram e se tornam, portanto, modelos de comportamento. Bloqueios nessa fase impedem que a identidade idealizada do mesmo sexo seja concluída. Se o modelo masculino vindo do pai (caso dos meninos) e feminino vindo da mãe (caso das meninas) estiverem bloqueados, a fusão não acontece e a identidade sexual idealizada feminina nas meninas e masculina nos meninos não se estrutura. Se a fusão não acontece, a/o menina/o não incorpora (ou incorpora parcialmente) o novo modelo erotizado e fica sem referência, internalizada, de como seja se sentir e se comportar como mulher (caso das meninas) e como homem (caso dos meninos) em situações de alta erotização. Ficam estacionadas/os psicologicamente) na fase da/o Grande Amiga/o. Nas situações altamente erotizadas e desejadas, a mulher volta se sentir e se comportar como menina e os homens, como meninos. A evitação sistemática é de situações fortemente erotizadas e desejadas com o sexo /energia oposto. E como se dão os bloqueios na fase especular em pessoas com orientação homossexual? Eles acontecem da mesma forma. Entretanto, nesses casos, em situações de alta erotização com pessoas por quem se sentem atraído/as, o bloqueio está na sintonia como a energia feminina, receptiva, nas mulheres ou na na sintonia com a energia masculina, ativa, nos homens. Vale ressaltar que a energias não são sinônimos de papéis. Nos casos de orientação homossexual, comportamentos fóbicos disparados por situações erotizadas podem ser indícios de bloqueios na identidade sexual. Nesses casos, as pessoas ficam ansiosas porque:

1) Meninos não têm bem internalizado como seja se sentir num corpo masculino erotizado diante de uma situação desejada que exija sintonia com a energia masculina. Essa energia é inata e se desenvolve (desdobra) em ação, penetração e combatividade na vida. Por conseguinte, a falta de energia masculina aparece nas relações a despeito da orientação sexual.

2) Meninas não têm bem internalizado como seja se sentir num corpo feminino erotizado diante de uma situação que exija sintonia com a energia feminina. Essa energia é inata e correlata à acolher que, no início da vida, corresponde ao receber o alimento (leite materno). Essa energia se desenvolve (se desdobra) em aceitação, depois em entrar em contato com as sensações, intuições e, posteriormente, com os desejos e necessidades íntimas[2]. Logo, a falta de energia feminina aparece nas relações a despeito da orientação sexual.

Continua no próximo Post [1] Para maiores detalhes ver Post 5- Puberdade: intimidade com corpos especulares e Post 6- Bloqueios na fase especular em ensaio: Bloqueios no desenvolvimento da Identidade Sexual, em: www.ceciliapsicologa.org [2] Para mais detalhes ver in Post 9- Fase Homossexual versus Orientação homossexual – Bloqueios estruturais versus bloqueis funcionais. In Ensaio: Desenvolvimento da identidade sexual. In: www.ceciliapsicologa.org


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