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cecilialeitecosta

PUBERDADE -PRIMEIRA FASE DA FUSÃO IDENTITÁRIA - FASE HOMOSSEXUAL

Atualizado: 22 de ago. de 2022

GRANDE AMIGO/A


Nesse momento, homens e mulheres que representem os objetos de desejo e status a serem alcançados, são alçados à condição de ídolos. Eles podem ser pessoas das redes “concretas de convivências desses meninos e meninas: pais, avós e professores, até ídolos distantes da realidade. A partir daí, a fase auto-sexual dá lugar à Fase Homossexual- primeira etapa do processo de fusão identitária- condição para formação da Identidade Sexual adulta.

Como isso acontece?

No caso dos meninos, eles projetam traços de homens ídolos em um “Grande Amigo” e criam uma relação idealizada com ele. Os traços psicológicos admirados nos ídolos são projetados no “Amigo-ídolo”, disparando o processo de formação da Identidade Masculina Idealizada. O Grande Amigo é o primeiro modelo de como se comportar e sentir como alguém do sexo e gênero masculino e encarna, em última instância, o homem erotizado que o garoto gostaria de se tornar. Uma vez que a Identidade Masculina Idealizada ganhe um contorno mais nítido, ela deixa de estar projetada em um amigo-ídolo e passa, inversamente, a ser incorporada pelo garoto. Paulatinamente, essa nova Identidade Masculina Idealizada se funde à Modelo Masculino pré-existente do garoto (pai, ou quem tenha servido como modelo masculino), consolidando a primeira etapa da formação da Identidade Sexual Masculina desse menino. Em resumo, o modelo masculino infantil, incorporado pelo garoto, não é descartado. Ele se funde à Identidade Sexual Masculina Idealizada, dando corpo ao modelo de homem al qual o garoto aspira . As meninas passam pelo mesmo processo.

A Identidade Sexual Masculina e Feminina funcionarão como novo “código normativo tácito” de como se sentir e se comportar nas relações erotizadas com o sexo oposto. Dias chamou essa fase do desenvolvimento psicológico de Homossexual. O termo homossexual, nesse caso, não se refere à orientação sexual e, sim, ao processo de fusão identitária que permite ao púbere se descolar do modelo masculino (no caso dos meninos) e feminino (no caso das meninas) infantis para começar a criar outras referências psicológicas- eróticas, morais e intelectuais-, para desenvolver sua identidade própria. “A grande importância dessa fase está na intimidade psicológica e afetiva que se estabelece nessa relação” (ibid, p.97). A exploração corporal com os colegas começa a ser erotizada mas não configura, nessa etapa, “jogo sexual”. São tentativas de “exploração interativa” com um corpos semelhantes ao deles (as).

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