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  • cecilialeitecosta

POST 6- ADOLESCÊNCIA- MODELOS INFANTIS E INFLUÊNCIAS CULTURAIS NA FORMAÇÃO IDENTIDADE SEXUAL

Atualizado: 26 de fev. de 2022


No Post anterior mostramos como a personalidade na infância resulta da combinação de comportamento aprendidos e clima/atmosferas psicológicas introjetados. Esses climas podem ser hostis, de insatisfação, opressão ou facilitação da espontaneidade e eles serão condição sine qua non para a liberdade de experimentar novidades ou repetir as formas de estar no mundo dos cuidadores. Além disso, a criança também conta com vivências próprias, que não vêm da influência direta dos cuidadores, nem do meio em que convivem. Todas essas experiências terão repercussão na escolha dos possíveis parceiros na vida sexual adulta.[1] Esse panorama nos ajuda a entender o solo básico de estruturação da personalidade da criança e o contexto da eclosão da puberdade como uma fase de contato com novas das sensações: a chegada da energia sexual, o contato com ambivalências afetivas/ambiguidades morais- nem sempre o desejo da pessoa está de acordo com as convicções pessoais e/ou as expectativas que se sente impelida à corresponder- e a necessidade de começar a se colocar no mundo de forma pessoal, não apenas como membro de uma família de origem. A proposta da sequência de ensaios é oferecer uma leitura do desenvolvimento da Identidade Sexual que seja complementar às teorias do Desenvolvimento psicológico já existentes (vide Teoria da Adolescência Normal[2]) no ponto que acho mais controverso: o “protocolo” genético para o Masculino e o Feminino. O homo sapiens, diferente das outras espécies de mamíferos, foi agraciado com a inteligência criativa: capacidade de intervir na natureza de forma a satisfazer suas necessidades e vontades. Essa habilidade o tornou apto a sobreviver em muitas ocasiões e, também, apto a criar condições artificiais que lhe permitissem usufruir da criatividade e do prazer de formas não “naturais”. A distinção entre o que vem a ser geneticamente determinado e desenvolvido numa cultura é um ponto controverso de difícil delineação. A teoria da IS, naturalmente, não esgota o tema. A relevância da discussão, no campo do estudo da sexualidade humana, está no aporte teórico para a compreensão e diagnóstico clínicos e para o posicionamento ético e moral diante das controvérsias relativas ao campo da sexualidade.



[1] O embate entre o contexto sociocultural de inserção do adolescente e o seu ambiente de inserção familiar também são fundamentais para o desenvolvimento e para os bloqueios na Identidade Sexual. Não entraremos nesse tópico porque o foco desses ensaios está nos aspectos fenomênicos da formação da identidade e a sua contribuição para compreensão dos aspectos inconscientes na formação da Identidade Sexual. [2]


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