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  • cecilialeitecosta

PARCEIRO SEXUAL POSSÍVEL versus EVITADO- ANGÚSTIAS TÍPICAS DA FASE AUTO-SEXUAL

Dando continuidade ao Post anterior, chamamos de fase auto sexual o período que se inicia com o surgimento da energia sexual. Esse é, também, o momento do despertar do erotismo em corpos que desconhecem a relação ativa com a energia sexual. A passagem pela fase auto sexual funciona como crivo para entender como os climas que circundaram o desenvolvimento da criança foram introjetados. Se a criança já conhecia a possibilidade de descarga de prazer via masturbação e teve liberdade para explorar o corpo como fonte de prazer, a passagem pela fase auto-sexual provavelmente terá ocorrido de forma exitosa. Se os climas tiverem sido inibitórios, todavia, pode haver bloqueios, em diferentes níveis, no processo de idealização e projeções, necessários para a transição identitária. Se a criança introjetou um clima de intenso abandono ou rejeição, por exemplo, essa rejeição pode se converter em rejeição a si próprio (ao próprio corpo). Esses são quadros clínicos graves em que a estratégia psicoterápica é trabalhar a possibilidade de interações interpessoais quaisquer para, mais adiante, se pensar em relações/relacionamentos sexuais. Modelos masculinos e femininos infantis “foscos” - intrigas, desautorização e/ou competição entre os pais/cuidadores, pouco afeto e/ou estrutura material, dentre outros- não impedem o processo de estruturação da I.S dos adolescentes. Ela é um evento previsto no desenvolvimento da espécie e ocorrerá de qualquer forma. Podem, entretanto, impedir que uma nova identidade sexual (idealizada) se estruture porque que ambos os modelos infantis- materno e paterno- estão bloqueados. Retenções na fase auto sexual pode impactar o desenvolvimento emocional em dois grandes níveis

1) Os púberes não projetam os traços admirados nos ídolos em amigos reais- “grande amigo/a”. As pessoas com bloqueios nessa fase costumam ter grandes dificuldades de interação. Dessa forma, talvez fiquem estacionados no primeiro passo do processo de idealização identitária não concluem a etapa projetiva. Esses são casos de bloqueios severos na I.S

2) Púberes passam pelo processo de projeção, mas não concluem etapa de fusão dos novos modelos com os infantis, já que esses estão bloqueados. Logo, não conclui a identidade sexual idealizada do mesmo sexo- não passa pela fusão identitária. Esses são casos de bloqueios leves na I.S.

No segundo nível, mais leve, as pessoas se sentem sexualmente atraídas por outras. O bloqueio está em sustentar a situação erotizada com a pessoa que é objeto da fantasia erótica-condição necessária para o aquecimento e escalada erótica.

Continua no próximo Post



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