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  • cecilialeitecosta

MEIO E A FORMAÇÃO DA IDENTIDADE

Atualizado: 29 de dez. de 2021

MEIO E A FORMAÇÃO DA IDENTIDADE –

Nos ensaios anteriores discorri sobre os aspectos constituintes da Identidade e as angústias que permeiam o seu desenvolvimento. Distingui, ainda, as angustias típicas da formação da identidade sexual das relativas à vida sexual de forma mais ampla. Nesse ensaio me concentrarei nas influências da cultura na formação da identidade. Para tanto, examinarei mais amiúde a noção de identidade a fim de refletir sobre o entrelaçamento entre natureza e cultura na formação de subjetividade, hoje. Mas, afinal, o que é Identidade? De acordo com a perspectiva da A.P[1], abordo o desenvolvimento da Identidade de 2 ângulos: 1) Presença dos elementos (energias) feminino e masculino em todos os âmbitos da formação psicológica desde o nascimento: nos climas (espontâneos ou inibitórios) da família/cuidadores, nos modelos de comportamento de pais/cuidadores e referências identitárias por fim, na agressividade e sensibilidade para buscar, com combatividade, rumos autênticos para direção da vida (energias introjetadas na formação da personalidade) 2) Formação do Ego – instância que rege a vida interativa (sociabilidade) e termômetro do equilíbrio emocional. O primeiro angulo foi desenvolvido nos ensaios anteriores. Esse ensaio será dedicado ao segundo, a fim de alcançar a complexidade necessária para abordar a “Identidade”. Tanto as energias femininas e masculinas quanto as atmosferas afetivas do casal parental e do entorno marcam de forma positiva (dando vazão à criatividade ) ou negativa (inibindo a espontaneidade) a personalidade. Além disso, a partir de mais ou menos 2 anos e meio, se tudo ocorreu dentro do previsto para a espécie, o organismo alcança uma certa estabilidade cenestésica (sensorial) fruto da maturação dos sistemas fisiológicos básicos: cerebral, neuro-motor, digestivo e urinário em correspondência com emoções correlatas à eles, quais sejam: de satisfação- saciedade, alivio- defecação, descarga tensional de prazer-urina[2]. Essa estabilidade produz um certo ritmo/padrão de regularidade que permite ao psiquismo deslocar a energia do mundo interior para o mundo externo, criando as condições de possibilidade para o investimento de energia na sociabilidade. A partir de então, a criança entra na fase psicológica. Essa fase será marcada pela interação e pelo aprendizado . O aprendizado oferece ao indivíduo um cardápio de conceito, valores, ideias e convicções que ele incorpora numa espécie de repertório lhe confere um lugar de pertencimento no mundo.

Continua no próximo Post

[1] Análise Psicodramática. Metodologia criada por Vitor Dias, cuja perspectiva venho desenvolvendo ao longo dessa compilação de ensaios [2] Para maiores detalhes ver Post 3- Desenvolvimento cenestésico, em ensaio: Sexualidade e Identidade Sexual, em: www.ceciliapsicologa.org

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