Dando continuidade ao Post anterior, alguém retido na fase de transição não consegue ter intimidade e cumplicidade no sexo com o parceiro do sexo oposto, porque não tem bem estruturado, internamente, a sintonia com a escalada erótica (energia) do sexo oposto. Em termos conceituais, o bloqueio parcial ou integral está na fusão, não concluída, da identidade feminina idealizada, nos meninos e da identidade masculina idealizada, nas meninas. Isso significa dizer que os bloqueios impedem que uma nova referência identitária feminina se funda o modelo infantil feminino (vindo da mãe, no caso dos meninos), e uma nova referência identitária masculina se funda ao modelo infantil masculino (vindo do pai, no caso das meninas).
Alguém retido nessa fase conta com:
1) Masturbação- como canal de descarga da sexualidade
2) Relações sem intimidade sexual e erótica.
Em ambos os casos, a pessoa não passa, emocionalmente, da etapa do primeiro(a) namorado(a).
Conclusão da identidade sexual
Nessa etapa supomos que tanto meninos quanto meninas tenham bem estruturados ambas as Identidades Sexuais Idealizadas. Eles têm, portanto, o solo preparado para Interação Sexual- intimidade e cumplicidade nas trocas de cargas eróticas e sexuais. Uma interação sexual é a forma mais completa de descarga erótica e sexual entre duas pessoas. Isso significa, trocando em miúdos, a capacidade de ambos de se sintonizarem com corpo diferentes e com as energias ativas e passivas. Se a pessoa se desenvolveu sem bloqueios até aqui, forma a sua identidade sexual adulta. Os bloqueios típicos dessa fase se devem, por conseguinte, à rigidez moral internalizada. Assim, a intimidade erótica no ato sexual fica prejudicada ou impedida por não falta de estruturação da identidade sexual, mas por dificuldades na exploração do próprio prazer e do prazer no sexo.
Portanto, os bloqueios típicos a essa fase decorrem:
-Da dificuldade ou impedimento da exploração do prazer sexual na sua plenitude.
Pessoas com esse tipo de bloqueio também tem a intimidade e cumplicidade erótica e sexual prejudicadas, por razões de contrição moral: associação do sexo à sujeira, proibições, punições, etc. Os conflitos ligados a esse tipo de bloqueios, todavia, costumam estar mais acessíveis ao trabalho psicoterápico (são conflitos dos quais as pessoas, em geral, têm consciência). São, portanto, bloqueios funcionais.
Continua no Próximo Post
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