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  • cecilialeitecosta

GERAÇÃO Z/CENTENIALS- EMPREENDEDORES ENGAJADOS

Os Centennials (geração Z- “Zoomers”- nascidos entre 1995 e 2010) são a geração de jovens adultos e adolescentes atuais. Resumidamente, ser geração Z é nascer numa forma de vida híbrida (que conjuga vida real e a virtual) e desconhecer o mundo fora da internet. É plausível afirmar que o final da geração Millennial seja produto da “cultura do Self” embora não mais “narcisista”. À essa altura a internet já foi incorporada à vida e a formação da identidade trazendo novos relacionamentos sociais, afetivos e profissionais. Para ficar na realidade brasileira, a última faixa da geração Y (início dos ano 90) vive a migração da aspiração social à estabilidade (concursos públicos) para novos contratos de trabalho, quase todos relativos ao domínio de Softwares, seguindo a tendência mundial. Se por um lado, os novos contratos de trabalho são mais flexíveis e precários no que toca à exigência de leis trabalhistas, por outro, os “funis” para alcance de sucesso profissional se alargam e, ao menos em teoria, se democratizam. Passamos, paulatinamente, da era dos “concurseiros” para a dos empreendedores. Nessa transição, novas plataformas digitais passam a oferecer canais de pesquisa que criam, aos poucos, um novo modelo de aspiração profissional e direções para a vida: tutoriais ensinam a fazer qualquer coisa e modelos de negócios ensinam como empreender. Paulatinamente se estabelece um novo chão psicológico social. E os centennials? A geração de neo-nativos digitais é pós-globalizada: ela vive as consequências do das mudanças climáticas e do avanço da tecnologia digital na esfera social, e da inflação dos estilos de vida e experimentações de si, na esfera privada. Embora os centennials sejam considerados uma geração engajada, esse engajamento é um pouco diferente do dos “Boomers”. A questão social consensualmente sensível é a ambiental. Os Centennials, porém, são comprometidos em melhorar o mundo, de um modo geral, por meio da micro-política: projetos sociais, preservação da natureza e, entre as classes abastadas e empresariado, cresce a cultura de incentivo a projetos de empreendedorismo. Vemos, assim, um deslizamento das motivações/vocações para aspirações menos individualistas e nesse sentido a entendemos como menos narcisista[1][2]. Por outro lado, essa geração ainda sofre a rebarba da geração Y no que toca à direção para a vida: a cultura motivacional aliada à altas expectativas, prolonga a condição de estudante (e a juventude) “para níveis insuportáveis”, para falar com Lopes [3]para quem “Millennials” são uma “geração bloqueada” ou, com Pais[4], que a define como “geração iô-iô: oscilante entre estágios, cursos, subempregos, aprendizagens, desempregos, retornos à escola e experiências múltiplas, incapaz de se fixar num ponto ou perspectiva”. Continua no próximo Post

[1] Segundo o site Iberdola : Centennials vêm “(...) transformando a educação formal. Eles apostam em métodos de ensino mais vocacionais e têm especial interesse por tecnologia”. A Chave para entender a geração Z. Em: http://www.iberdola.ccom [2] Não abordaremos a escalada das polarizações ideológicas nas redes até o atual cenário de tensões étnicas e raciais, religiosas, dentre outras, porque o assunto transcende nosso conhecimento e o objetivo do ensaio, qual seja, a mudança nos modelos de identidade e aspiração de vida. [3]Lopes, J.T. “Geração bloqueada”. P3-Megafone. Opinião (2011) em: www.publico.pt/p3 [4] Pais, J.M. “A arte da pirueta”. P3-Megafone . Opinião. (setembro 2011) em: www.publico.pt/p3


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