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cecilialeitecosta

FALTA ESTRUTURAL E PROJETO DE BUSCA

Atualizado: 16 de jun. de 2022

Dando continuidade ao Post anterior, o “programa de desenvolvimento humano” exige um terceiro elemento, executor do programa: um outro ser humano. Esse terceiro elemento é o responsável por mediar e propiciar, futuramente, a autonomia do novo “sistema humano”. No programa ideal, isso resultaria em um desenvolvimento psíquico saudável. Numa programação dependente de seres imperfeitos, o costumeiro é que haja alguma defasagem no cruzamento, seja em função de diferença na informação do banco de dados ou no direcionamento da informação que deveria ser sua correlata. Chamamos a expectativa protocolar frustrada de falta estrutural. O resultado dessa falta é a condição emocional básica do ser humano conhecida como angústia. Voltando à analogia anterior, a angústia move a busca pela informação que “faltou”. Essa informação completaria o cruzamento esperado e permitiria o desenvolvimento espontâneo do organismo/indivíduo. A busca pelo que faltou se inicia nos primeiros anos e segue ao longo da vida, até que indivíduo integre as informações interrompidas. Dias denomina esse percurso de projeto de busca. Um projeto de busca bem sucedido, em um estágio de vida adulta, é sinônimo de projeto de vida autêntico, integrado.

Um projeto de vida, em um sentido mais amplo, é movido por dois eixos motivacionais: necessidade (sobrevivência) e vontade (desejo). Esses dois eixos direcionam o desenvolvimento do programa da Identidade. O projeto de busca indica as falhas nesse percurso, responsáveis pela angústia e pela necessidade, inerente ao desenvolvimento, de integrar as zonas incompletas, concluindo o percurso conhecido como amadurecimento psicológico.

Examinar mais amiúde a Teoria da Programação Cenestésica exigiria uma complexidade teórica que extrapola nosso propósito. Para nosso intento basta saber que a condição humana faltosa (angustiada) é composta por dois aspectos: desejo e a criatividade. O desejo é movido pelas energias feminina e masculina, presentes em todos os indivíduos e a criatividade pode ser definida como a habilidade buscar a satisfação dos nossos desejos e necessidades de forma genuína. A expressão criativa também é conhecida pelo nome de espontaneidade. Essas duas caraterísticas inatas- desejo e criatividade- descrevem o potencial do programa Identitário.

Complicado?

O que importa, por ora, é que nos desenvolvemos assim mesmo: “em falta” e criativamente. A medida que se inicia a socialização, a criança está apta a desenvolver, também, capacidades intelectuais. O desenvolvimento segue organizado em três eixos: aprendizado (imitação de comportamentos), introjeção de características/traços psicológicos e vivências próprias. Eles serão responsáveis pela formação do Ego, na infância e da Identidade Sexual, a partir da puberdade.

Continua no próximo Post


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