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  • cecilialeitecosta

EGO e IDENTIDADE

Dando continuidade ao Post anterior, para além do conjunto de experiências que moldam o Ego, as pessoas também são impactadas por experiências que passam a integrar sua percepção de si que não vieram do núcleo familiar ou das referencias afetivas mais importantes. Eu as chamarei, seguindo a referencial da A.P, de “vivências próprias”[1]. Elas são vivências genuínas, (no sentido de que não são aprendidas ou introjetadas de modelos identitários) e serão incorporadas com maior ou menor sucesso à identidade, e função grau intimidade que a indivíduos tenham com seus desejos e necessidades intimas (e das condições emocionais para integrá-las à personalidade). Esse conjunto de valores, ideias, gostos etc., que compõem a percepção que o individuo tem de si mesmo é conhecida como Ego. Ele oferece o esteio por meio do qual o indivíduo se percebe e sente pertencente a uma sociedade/cultura e funciona como um “chão psicológico”. O Ego também pode ser definido como a “parte psíquica saudável” do indivíduos, responsável pelo equilíbrio emocional das pessoas, condição que lhes permite descobrir suas motivações e ter projetos ao longo da vida, ou seja, que lhes permite encontrar sentido e propósito para ela. Por essa razão o Ego também é definido como Instância moral. Sua função é defender o indivíduo do contato com conflitos que ameacem seu equilíbrio.

A partir da puberdade, a identidade passa a ser acrescida de energia sexual e provida de erotismo agente[2]. A partir de então, ela passa a ser identidade sexual, provida de fantasias eróticas e idealizadas dirigidas para outros corpos. Os erotismo e idealização se desenvolvem conjuntamente em um processo que segue até a formação das identidades adultas[3], momento em que, biologicamente, estão aptas ou prontas para interação sexual e amorosa. O Ego também contempla o desenvolvimento moral e intelectual. A partir da puberdade o salto na capacidade lógica e analítica amplia e sofistica o repertório intelectual dos adolescentes e traz, em decorrência, o maior contato com as próprias ambivalências. Tais ambivalências se somarão às memórias conflitivas ligadas aos climas inibitórios -opressão, abandono, rejeição- na primeira infância e podem entrar em choque com à percepção que os indivíduos tenham de si mesmos (coerência moral deles). A fim de evitar que nossa coerência moral entre colapso, o Ego bloqueia vivências que foram sentidas como ameaçadoras, em algum momento da vida, do acesso à memória consciente. Dessa forma, esses dois grupos: ambivalências afetivas e morais são ‘alijadas” da consciência. Eles permanecem em silencio (inconscientes) até o surgimento dos sintomas.

Continua no próximo Post

[1] Para maiores detalhes ver Dias em Ensaio 5-Adolescência e angústias. Post 3- Angústia Neurótica e Ego em: www.ceciliapsciologa.org.Falando de Psicologia com Cecília Leite. Bloco V—Desenvolvimento da Identidade Sexual. Episódio 1-Premissas e Episódio 2- Puberdade em YouTube. [2] Para maiores detalhes ver Ensaio 5-Adolescência e angústias. Post 4- Energia sexual e ambiguidade moral in: www.ceciliapsicologa.org. Falando de Psicologia com Cecilia Leite. Bloco V-Desenvolvimento da Identidade Sexual-Episodio 2-Puberdade.Episodio 3-Adolescência em YouTube [3] Para maiores detalhes ver Dias em Ensaio 3-Desenvolvimento da Identidade Sexual e Ensaio 4- Bloqueios no desenvolvimento da Identidade Sexual e Ensaio 6-Angústias na vida sexual. Post 5- Consequência de bloqueios modelos parentais in: www.cecilialpsciologa.org

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