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cecilialeitecosta

PUBERDADE- FASE AUTO-SEXUAL-CONSEQUÊNCIAS DE BLOQUEIOS NESSA FASE

Atualizado: 22 de ago. de 2022


-de Impedimentos de contato

Casos em que o contato emocional com o outro fica impedido ou inibido. Em alguns casos o bloqueio pode ser tão severo que até a capacidade de fantasiar fica inibida. Assim, a etapa das fantasias com um eleito idealizado não acontece e a pessoa não se familiariza com a sensações típicas da atração sexual. São quadros de grande insegurança emocional em que o contato com a excitação sexual é muito angustiante. Surgem, em geral, em quadros de fobia, esquizotipias e grandes depressões.

-de Censuras morais internalizadas

Proibições morais e/ou religiosas que, em geral, vêm da infância, se tornam traços da personalidade da criança que aparecem, mais explicitamente, a partir da puberdade. Nesses casos, os sentimentos de vergonha, pudor, etc, podem reprimir a espontaneidade da criança, impedindo-a de explorar ,de forma lúdica e tranquila, o contato com a manipulação dos genitais ou podem se iniciar na puberdade e impedirem ou dificultarem a etapa “preliminar” da vida sexual ativa: se familiarizar com o prazer erótico no próprio corpo. Logo, nessa fase, os bloqueios estão associados à dificuldades na aceitação do próprio corpo e na autorização, externa ou interna, de explorá-lo como fonte de prazer.[1]O individuo retido na fase auto-sexual não inicia ou não completa o processo de projeção de traços dos ídolos em um Amigo idealizado e, portanto, não dispara o processo de projeção idealizada necessário à formação da a formação da Identidade Idealizada Masculina (nos meninos) e Feminina (nas meninas) - etapa importante para a experimentação com outros corpos.

[1] A AP distingue entre marcas estruturais, vindas de climas inibitórios na fase cenestésica (pré-verbal), traços introjetados ao longo da infância e censuras morais vindas do contexto sócio-cultural no qual a criança se desenvolve. Modelos de pai e mãe- masculinos e femininos- marcam a criança nesses três níveis. Essa compreensão psicodinâmica é ligeiramente distinta da compreensão psicanalítica da formação da Identidade. O Psiquismo Caótico Indiferenciado-conceito emprestado de Bermudez, equivalente ao Id na teoria freudiana- é o cerne da estruturação subjetiva. As atmosferas facilitadoras e inibitórias, porém, se distinguem da censura superegóica no diagnóstico clínico e, por conseguinte, no projeto terapêutico. Em outras palavras, os climas inibitórios introjetados pela criança são pulverizados em alguns tipos de Figuras de Mundo Interno, dentre eles Figuras superegoicas. Essa Figuras são desmobilizadas, na psicoterapia, a partir de manejos distintos. De qualquer forma, o fundamental é entender que censuras morais internalizadas se tornam traços de rigidez moral e podem causar bloqueios estruturais no desenvolvimento da I.S; ao passo que rigidez moral sócio/cultural (externa) é, também, angustiante, porém, a causa angústia é mais facilmente acessível à consciência. Essas, quando ocorrem, podem gerar bloqueios funcionais.

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