top of page
  • cecilialeitecosta

COMPORTAMENTO DE RISCO NA ADOLESCÊNCIA

Atualizado: 5 de jun. de 2021

A maioria dos autores considera que a adolescência surge como categoria ou conceito no século XX, na esteira dos movimentos jovens dos anos 20, na Alemanha. Essa foi a primeira tentativa de busca de autonomia e auto-definição do que significa ser jovem. Posteriormente, ela é incrementada na década de 40, com o Swing, musica jovem americana, identificada com os ideais de liberdade e rebeldia, que passam a ser expressão da juventude e, em especial, da adolescência. Os adolescentes começam a integrar uma categoria específica na época da Segunda Guerra, porque começam a trabalhar e ter algum grau de autonomia financeira. Começam a representar um novo poder como consumidores de moda, música, filmes, em suma, de arte de um modo geral. Dessa forma, criam um novo estrato social, se tornam atores políticos que representam conceitos, anseios e necessidades próprias.

Ao cabo de 80 anos, depois da revolução sexual e dos costumes dos anos 60, ainda encontramos um adolescente como o do meio do século passado, no que toca a ser cobrado com respeito ao ingresso na vida adulta e o sucesso nas performances sociais. O ingresso na vida adulta, contudo, foi muito postergado em função das exigências de especialização profissional que, por sua vez, justificam a permanência no lar da família de origem. Ao lado disso, as famílias nucleares foram multiplicadas, implicando na convivência com valores, ideias e crenças distintos no mesmo ambiente familiar. E, por fim, a revolução tecnológica digital e as novas formas de convívio virtual (redes sociais) implicaram em uma transformacão radical não só na comunicação e nos costumes, mas nas formas de se relacionar, se exprimir e, por conseguinte, de pertencer.

1 assumo o conceito de adolescência que estabilizou do século passado para cá: um período de maturação biológica e de transformação e estabilizacão psicológica para uma nova fase do ciclo vital: a juventude.

2 De acordo com T.H.Schoen-Ferreira, a OMS passou a usar o termo Juventude para contemplar faixa etária entre 15 e 24 anos, com o intuito de encampar a “adolescência estendida contemporânea”, ou seja, o adiamento da entrada na vida adulta. Ela é, portanto, uma fase em que não se é mais adolescente, mas não se assumiu as responsabilidades de uma vida adulta. Continua no Post 2: Puberdade

 

RISK BEHAVIOUR IN ADOLESCENCE

The text takes into account some reflections on adolescence. The goal is to make it accessible to everyone who is interested. I use Dias Sexual Identity Development theory, based on a Developmental perspective. It bears similarities with Erickson and Aberastury’s developmental view. It means that the focus is on sexual development and, more specifically, in the onset of puberty and sexual energy.

I am considering the concept of adolescence stablish in the beginning of the 20TH century : a time of biological growth and of psychological changing followed by emotional balance towards a new phase: youth.

Additionally, according to Savage, during the Second World War (WWII), teenagers start to work and have some financial autonomy, thus becoming a new power as art and fashion consumers. Consequently, we see the emergence of a new social class with their own aspirations and individual needs.

Eighty years and a sexual and moral revolution later,

we still see the teenagers the same way we used to at that time concerning expectations for an adult’s life: success in social performances, such as getting married, having a good jog, raising a family.

The entrance in adulthood, however, is postponed because of the demands of professional specialization, causing them to stay longer at parents’ home. Besides, nuclear families are dissolved because of high rates of divorces, second and third marriages, bringing up new familiar configurations and the compulsory share of different values, ideas and beliefs in daily lives (Vargas and Nelson, in Schoen-Ferreira and Cols, 2010).

Lastly, the digital revolution brings about a gradual change, not only in communication but also in the way people relate to one another and to themselves: new forms of expression, self-expression, need of belonging. To sum up, it silently brings about changes in moral values that have a huge impact 50 years later.

1 According to T.H.Schoen-Ferreira, the World Health Organization (WHO) adopted the term youth to contemplate the people from 12 to 24 years old age . The goal is to include “extended contemporary adolescence” or, in others words, the postponment of adulthood. To be continued on Post 2: Puberty


13 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page