Bloqueios estruturais:
Os bloqueios estruturais, nessa fase, decorrem:
-Das razões anteriores (que tenham ocorrido num nível brando- não suficiente para retê-los no estágio anterior)
-Da incapacidade de sustentar uma situação altamente erotizada, não por falta de desejo, mas por falta de estruturação da Identidade Sexual Masculina (meninos) e Feminina (nas meninas). Isso significa que, dependendo do grau do bloqueio, eles podem se ver em situações de grande desconcerto, constrangimento ou pânico quando solicitados em suas Identidades Sexuais- i. é, em situações (altamente) erotizadas e desejadas.
Em termos conceituais, o bloqueio- que pode ser parcial ou integral- está na fusão da Identidade Masculina Idealizada (no caso dos meninos) e da Identidade Feminina Idealizada (no caso das meninas) com os modelos Pré-Existentes Masculino (vindos do pai, no caso dos meninos) e Femininos ( vindos da mãe, no caso das meninas)
Alguém está retido na fase homossexual quando não consegue estabelecer um contato altamente erotizado[1] com alguém desejado que lhe solicite em sua Identidade Sexual Masculina (no caso dos meninos) ou Identidade Sexual Feminina (no caso das meninas). Em casos de bloqueios em nível brando, ele (a) não evita ou foge do ato sexual, mas regride à fase anterior, com a qual se sente familizarizado (a). Assim, o sexo ou relação sexual acontece quando o tom é terno, de amizade, com pouca erotização.
[1] A AP assume o entrelaçamento, intrínseco, entre predisposições ou expectativas genéticas para o desenvolvimento do elemento/energia masculina e feminina na personalidade, a introjeção de traços masculinos e femininos, em um nível estrutural, na personalidade e nos comportamentos e a adesão, mais ou menos conscientes, a modelos femininos e masculinos de comportamento. Todos esses ingredientes assumem características mais claras a partir do advento da energia sexual. Nesse ponto, a teoria assume que as predisposições genéticas: acolher –feminino- e impelir-masculino, tornam-se injunções performáticas- corporais, sexuais- que serão, inevitavelmente, atreladas aos papéis sociais que, por sua vez, são associados aos papéis de gêneros. Adiantamos que energias não são exclusivas de sexos ou gênero. Logo, o intuito da teoria não é diagnosticar orientações sexuais ou identidades de gênero. Os conceitos visam o diagnóstico e manejo clínico das angústias relacionadas aos bloqueios e retenções na fruição da vida sexual. Um ensaio mais detalhado sobre esses tópicos será desenvolvido posteriormente.
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