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cecilialeitecosta

ANGÚSTIA PATOLÓGICA (NEURÓTICA) E EGO

Atualizado: 27 de fev. de 2021


Com essas novas habilidades, nos desenvolvemos comunitariamente, i.é, aprendemos a “conviver”. Conviver implicará em se comportar de acordo com as regras tácitas de funcionamento social (bom senso) e corresponder às expectativas de performance dessa comunidade, por um lado e em buscar a satisfação das necessidades e interesses pessoais, por outro. Construímos, a partir daí, o nosso Conceito de Eu , também conhecido como Ego ou Consciência.[1] Consciência, no sentido empregado aqui, é instância psíquica que passa a organizar as informações do ambiente e a orientar nossos comportamentos e individualidade, a partir daí. Sua função é defender o psiquismo contra situações consideradas ameaçadoras à integridade do indivíduo. Assim, a memória sensorial do stress que resultou no bloqueio de uma das áreas do psiquismo e na falta estrutural, nos primeiros anos de vida, é apagada fica impressa em formas disfuncionais de comportamento (que Freud denominou psicodinâmica). Somado a isso, climas facilitadores e/ou inibitórios da espontaneidade, ao longo da infância, são introjetados na formação da Identidade da criança, tornando-se parte da sua personalidade. As memórias relativas às lembranças conflituosas (na origem dos climas inibidores) são, também, apagadas (“esquecidas”). Dessa forma, o Ego se encarrega de obstruir e manter sob seu controle tudo tenho sido vivido/sentido (de forma esporádica ou constante) como ameaçador. Oferece, assim, as condições de equilíbrio emocional necessárias para que a indivídivuo possa investir a energia psíquica fora dele mesmo (explorando o ambiente). A angústia “estrutural”, por sua vez, fica “neutralizada”. Dias se referirá a essa angústia, “esquecida” ou evitada pela consciência, de Angústia Patológica. Em termos psicológicos, entramos numa fase de acomodação.

Na puberdade, a criança em transformação “revive” a instabilidade cenestésica dos primeiros anos de vida. Nesse momento, informações oriundas do “hardware” –hormônios sexuais- criam uma nova configuração psiquíca, em funcão da chegada da energia sexual. Esse processo vem acompanhado de uma série de mudanças corporais e sensações desconhecidas que trazem grande instabilidade para os púberes. Essa nova energia surge com a “injunção” à mudança psicofísica, posto que desperta a erotização e resulta na descarga de energia sexual. Nesse momento, o canal disponível é a masturbação, já que o/a púbere não sabe como descarrega-la na companhia de outros corpos.

[1] Usarei os tres conceitos intercambiavelmente.


PATHOLOGICAL (NEUROTIC) ANGUISH AND EGO

Relying on new abilities, individuals develop “socially” sharing their lives in comunities. It means following certain “tacit behaviour rules” (common sense) and corresponding to social performance expectations/, on one hand /and pursuing their own needs and interests, on the other/. They start to build, from this time on, their Ego or Consciousness[1]

Consciousness, in this sense, is psyche’s side in charge of emotional balance. Its function is to defend psyche against “threatening situations”. Sensorial memories- regarding conflicting situations in early years-/, whose result was(were) blocked area(s) are “erased” (“forgotten”). They make themselves present/, though, in dysfunctional behaviours that confirm emotional avoidance patterns. Freud called them psychodinamics. Moreover, spontaneity easing or inhibitory atmospheres, during childhood, are introjected in childrens’ Identity, becoming part of their personalities. Memories linked to the source of conflicts are, also, erased. This way, Ego is in charge of managing individuals mental balance (preventing stresses linked to hard memories from being repeated). Individuals are, hence, protected and free to invest energy outside, socializing. “Structural anguish”, in turn, is neutralized. It will appear, later, in neurosis and is called, by Dias, Pathological anguish. It is the beginning of psychological acommodation phase.

In puberty, the “transition child” brings back early years cenesthetic instability. New information coming from hardware triggers sexual hormones production, stablishing emotional conditions to sexual energy arousal. This process comes together with many physical and emotional changes because it brings up eroticism and demands sexual energy discharge. At this time, the available discharging chanel is masturbation, once pubers do not know other forms of sexuality discharge, so far.

[1] I will be using them as synonyms

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