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cecilialeitecosta

ADOLESCÊNCIA - FASE DE TRANSIÇÃO

SEGUNDA FASE DA FUSÃO IDENTITÁRIA

PRIMEIRO(A) NAMORADO(A)

Usufruir dessa fase espontaneamente significa poder transitar pelos novos jogos da linguagem erótica com a liberdade necessária para se conhecer e começar a se lançar na vida sexual ativa.

A etapa seguinte começa por volta dos 14 e termina aos 17 anos, mais ou menos. Nessa fase a erotização sai da idealização e começa a se dirigir para um outro corpo, de outro sexo. Isso não acontece em um passe de mágica. Para Dias, o “Primeiro(a) Namorado(a)” tem essa função transitória: São relações ainda muito idealizadas, cuja função psicológica é a de criar sintonia com a erotização no sexo oposto. Assim, as meninas começam a se conectar com o prazer masculino e os meninos, com o prazer feminino. Isso permite à menina criar sintonia com como se sentem os meninos numa relação erotizada e, aos meninos, se sintonizarem com o prazer feminino numa relação erotizada. No caso do menino, a Primeira Namorada é uma menina idealizada, que pode até desconhecer seu status (de namorada). Trata-se de um processo de projeção semelhante ao da etapa anterior: traços psicológicos admirados em mulheres –ídolo passam a ser projetados no “Primeira Namorada”. É uma relação ainda marcada pelo descompasso entre a intensidade dos sentimentos e nível de contato físico real. De agora em diante, porém, o que está em jogo é começar a interagir, eroticamente, com um corpo diferente do dela. A sintonia com a erotização, no sexo oposto, permite a moça incorporar os traços psicológicos desse Homem Idealizado- Identidade Sexual Masculina Idealizada- que, por sua vez, se fundirão ao Modelo Feminino pré-existente que ele introjetou ao longo da infância, formando a sua Identidade Sexual Feminina. As meninas passarão pelo mesmo processo: projeção de traços de homens-ídolo no “Primeiro Namorado”; incorporação dos traços da Identidade SexualMasculina Idealizada e fusão desses traços, com a Identidade Sexual Masculina Pré-existente para, finalmente, forma a sua Identidade Sexual Masculina. Essa etapa é crucial porque, se a menina, por exemplo, introjetou a Identidade Sexual Masculina, é capaz de se sintonizar com como se sente e se comporta um homem numa situação erotizada. Essa sintonia permite à menina criar, aos poucos, intimidade e cumplicidade com o prazer masculino.

E vice-versa. Essa seria, segundo Dias, a condição de possibilidade da Interação Sexual, etapa final da formação da Identidade Sexual.

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